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quarta-feira, 16 de maio de 2012
OI VON BERLIN - PRIMEIRA TEMPORADA
Para mim, são poucas as cidades que merecem um retorno. Berlin é uma delas. Estive nesta cidade pela primeira vez, sem querer revelar o quanto ja vivi, há 27 anos, quando o infame muro ainda estava lá de pé, cortando Berlin sem dó.
Mais recentemente, voltei numa viagem com minha irmã com destino à Croácia. Nem dava para perceber onde começava a Berlin Ocidental e nem onde existia a extinta Berlin Oriental. Tudo mudou muito, depois da queda do muro. e da criação da União Europeia. Nada jamais será como antes.
Há 8 dias estou aqui, agora com a intenção de reviver o idioma e me aprofundar na vida berlinense. Cheguei, depois de adiantar 5 horas o relógio, no pequeno aeroporto Tegel. Cansado de me espremer numa poltrona da classe econômica da Lufthansa (que, aliás, já tem informações de bordo em português!) por mais de 11 horas, e de uma parada de 1 hora para troca de avião em Frankfurt, abandonei a idéia de pegar metrô e tomei um táxi, que me cobrou 23 euros até a Guesthouse 21. Achei barato pela distância percorrida. Na verdade, acho táxi- entre outras coisas - barato por aqui.
TETOS MONUMENTAIS
A Guesthouse que escolhi desde SP, por meio da internet, e que me cobra 39 euros por um quarto enorme, com janelas gigantescas e café damanhã, fica no primeiro andar (ainda bem, porque não tem elevador!) num prédio antigo (há alguns novos na cidade!), com portas de mais de 3 metros de altura e pé-direito de quase 5 metros! Nunca tinha convivido com alturas tão monumentais para um apartamento. Porém, este tipo de arquitetura é comum por toda a cidade, não só na parte que era Ost Berlin, mas também na parte ocidental. Isso faz a cidade fascinante! Um prazer observar a fachada trabalhada dos prédio que atingem , no máximo 5 andares!
O ruim é que a grande maioria deles não tem elevador e cada andar correponde a quase 2 andares dos nossos! Haja força para subir com mala, pacotes e sacolas de supermercado. Tiver sorte, só preciso subir uns 10 degraus até a aporta - pesadíssima, por sinal - do prédio que abriga a pousada, em cujo ultimo andar mora um dos donos, o Mikee seu cachorro multirracial Babor, que adora fuçar por comida no meu quarto.
UM LUGAR PRA FICAR
Hospedagem em Berlin não é nada difícil de encontrar. Tem para todos os gostos e bolsos. Desde se alojar num quarto dividindo o apartamento (aqui se chamam WG, abreviatura para o palavrão Wohngemeinschaft) com o dono da casa e - provavelmente - com outros hóspedes, por um preço que pode chegar a 20 euros por dia, passando por pousadas (Guesthouse, Gasthaus) com poucos quartos (a minha tem apenas 7), com preços que vão dos 39 até uns 65 euros. Dependendo o valor, encontra-se algo muito decente ou - se for sua opção - vai-se para uma coisa nais barata, meio tipo albergue, mas sem a desventura de encontrar ali hordas de adolescentes.
Existem pequenos hotéis, muito bacanas por preços ótimos Recomendo o Hotel Ambiente, na Gossostr, 44, em Schöneberg, que cobra cerca de 45 euros por dia, com café da manhã, minicozinha e frigobar).
FRIO DA PRIMAVERA
Com esse tempo louco confirmando que um dia "o sertão vai virar mar", estamos no meio de maio e a primavera berlinense é de frio, com neve no topo das montanhas alemãs. Nem tanto pela temperatura que vai dos 8 aos 20 graus centígrados, mas mais pelo vento frio que deixa uma sensação de que estamos a metros do Pólo Norte. Vale trazer um abrigo forrado ou uma daqueles blusões que protegem dos ventos frios.
Nos hoteis e popusadas é aconselhável pedir para ligarem o aquecimento, senão a cama gelada e fica extremamente desconfortável. Isso vale também para pessoas como eu que, embora odeie o frio, suporta bem frio moderado. Sem contar que nosso corpo tem a capacidade de se adaptar em poucos dias a este novo ambiente.
VAMOS COMER O QUÊ!
Como não sou de percorrer léguas atrás de um restaurante que dizem ser especial, só posso afirmar que os preços médios de uma refeição num restaurante comum, mas com charme e boa cozinha, custa por volta dos 13 dólares, chegando, no máximo aos 17. Uma taça de vinho vai dos 3 aos 5 euros e um café pode chegar aos 2,5 euros, mas 1,90 é o preço mediano. Restaurantes gregos, tailandeses, árabes e italianos estão por toda parte, para o bem dos que não abrem a mão facilmente.
O café da manhã típico, que inclui 2 tipos de queijos, salame, folhas de alface, dois pães e geléia custa cerca de 3,5 euros, com mais um café grande paga-se perto de 6 euros. Este seria o preço mais baixo que vi até o momento.
INTERNET
Praticamente em todos os lugares que hospedam turistas, até mesmo nos WGs, a internet sem fio é oferecida como parte do pacote. Mas, para quem quer navegar com seu smatphone há a possibilidade de contrar um pré-pago. O meu 3G custou por 30 dias a bagatela de 7,99 euros com 500 Mega. Se quiser acrescentar voz, existe um pacote também para 30 dias por cerca de 4 euros. Comprei o meu cartão SIM (ou chip) na caixa do supermecado ALDI, e ali mesmo carreguei. Depois, tudo foi feito via internet. A operadora é a Medion.
COCÔ CIVILIZADO
Embora eu tenha achado as ruas menos limpas do que há 27 anos, me chamamaram a atenção os totens nas calçadas da cidade. Dali, os donos de pets podem retirar saquinhos de papel para recolher as fezes dos pequenos animais e ali mesmo pode depositá-los. Tudo civilizado, sem placa de patrocinador. Mas, e bom que se saiba que nada é assim tão de graça: quem tem cachorro por aqui paga imposto anual, em torno de 45 euros, por cabeça canina. Um mino da prefeitura que os habitantes de Berlin pagam com sorriso nos lábios. Afinal, é um bem para todos. Quando teremos isso?
Outro sinal de civilidade é a existência de contêineres, como aqueles para lixo seletivo, que aqui são usados para que o habitante deposite ali roupas e sapatos que iriam para o lixo. Depois eles serão distribuídos para pessoas necessitadas de todo o mundo.
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