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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

BORA BORA PARTE 3


ONDE ESTÃO AS BELAS BRASILEIRAS?

 
Ilhotas cercadas de corais e do mar turquesa
Meu ultimo dia de paraíso. E porque “we don’t  live twice”, decidi fazer um tour circundado a ilha. A lancha que nos levará ao tal Jeep Safari (organizado pela Bora Bora Tupuna Safari tupuna.bora@mail.pf), há 15 no mercado polinésio, chegou pontualmente às 8h15. Menos de 5 minutos depois, estávamos desembarcando no pier da ilha de Bora Bora (não esquecer de que o Pearl Beach Resort fica num motu), onde o tal 4x4 dirigido pelo volumoso Etienne nos esperava.

O guia Etienne e os americanos Debra e John
Cumprimentos amigáveis e a infalível pergunta ao casal de americanos e a mim: “Where you from”? Quando revelei a minha nacionalidade, o polinésio logo perguntou onde estavam as belas mulheres brasileiras. Onde sempre estiveram: no Brasil, respondi com um sorriso. Ok,  começou o tour somente com nós três porque os franceses do Four Seasons não chegaram a tempo. Lá vamos nós, a Debra, o John, ambos da Virgínia (USA), e eu.

Quer saber? Eu já perdi o preconceito de fazer este tipo de programa. Se você tem pouco tempo, não adianta ficar batendo perna, quebrando a cabeça para chegar aos pontos que este tipo de serviço lhe leva por 7.900 cfp (cerca de 66 euros), com direito a um guia contando tudo sobre a cidade e respondendo as suas perguntas. Vale muito a pena. Claro que você tem de se informar sobre o tipo de passeio, porque também tem algumas roubadas, como em qualquer lugar do planeta turístico.

DILMA NA POLINÉSIA

Etienne é uma figura. Camisa florida, bermuda e tênis. Típico guia turístico, com piadinhas e truques engraçados. Faz parte do business. De repente, começamos a percorrer uma trilha no meio do mato (uma vegetação tropical exuberante, aliás), o que me lembrou as aventuras de quem enfrenta o sobe e desce das dunas de Genipabu (RN), sem saber o que significa “com ou sem emoção”. Nós sacolejávamos, desviando de hibiscos, palmeiras, pé de Fruta-pão, folhas de bananeiras, etc.

Enquanto isso, nosso motorista cantarolava o tema do filme “Indiana Jones”. Pode? Até que chegamos o “top of the hill”… Uma visão maravilhosa de quase 360 graus, com os montes Paia e Otemanu nos observando dos seus mil e tantos metros de altura. Conversa vai, conversa vem, Etienne lembrou – para a minha grata surpresa - que acabamos de eleger a primeira mulher presidente do Brasil! E olhe que isso foi hoje, dia 2/11, informação fresquinha para um estrangeiro que mora no meio do nada.

Entusiasmado com o nível de informação do rapaz, engatei outra pergunta. O que mais você sabe sobre o Brasil? “Que tem o melhor time de volleyball do mundo. São campeões!”. Vibrei com a resposta, principalmente porque sou fã dos meninos do Bernardinho! Etienne me ganhou. Mauruuru!!!! (obrigado, em taitiano)

Sabem como eles cultivam as famosas pérolas negras?
O Jeep Safari passa também por uma oficina de pérolas negras (o comércio destas black pearls tem grande importância para economia do Tahiti). Porém, quem viaja sabe que é sempre uma roubada comprar nestes locais em que os tours param. Com certeza NÃO é o lugar mais barato. Portanto, olhe, elogie, mas não compre. Porque aí uma única pérola não custava menos de 200 euros! Uau! O mesmo vale para a lojinha que vende pareôs feitos a mão na hora. Tire fotos, pergunte, faça cara de interessado... e só.

ESCOLAS E CEMITÉRIOS

Houve uma época em que poucas coisas eram proibidas na Polinésia. Isso foi antes da chegada de padres, pastores e mórmons que vieram evangelizar o povo nativo. Ok, que eles acabam com a prática do canibalismo, mas proibiram também as danças e a música locais. Somente há pouco tempo, estas manifestações artísticas voltaram a fazer parte da vida dos polinésios. Para a alegria dos turistas, claro!
Sepultamento no quintal
Outra coisa que ainda resiste, embora também proibido, é o sepultamentos dos parentes nos quintais das casas. Passamos por vários destes mausoléus, sempre enfeitados com muitas guirlandas de flores, sem que haja qualquer constrangimento em mostrá-los ao público.

Em Bora Bora, só há o equivalente às nossas escolas de primeiro grau. O segundo grau é feito no Tahiti, onde também há cursos superiores. O nosso guita nos informou que, depois do advento do turismo, o governo incentivou a população local a trabalhar nos hotéis, fornecendo-lhes moradias em Bora Bora (muitos morava nas outras ilhas menores e motus), em locais que chamam de “condomínio”. Sãocasas decentes de um ou dois dormitórios e de , no mínimo, 60m2.

TRADIÇÕES E FLORES

Claro que com a caretice dos religiosos muito da sensualidade nativa dos polinésios foi parar apenas nos shows folclóricos. No dia a dia, o povo são tolera muito. Vi uma turista fazendo topless na praia em frente ao hotel. Era a única. Depois soube pela Debra que eles não gostam, mas “vai de cada um”, argumentaram.
Tanto é que o Tirei – o pool boy – me disse que há uma ilha bem próxima do Hilton Hotel onde os hóspedes praticam o nudismo. Ele disse que só ficou sabendo porque passa por ali na sua canoa no caminho de casa para o trabalho. Sorriu desconfiado dentro do seu pareô amarelo. Separado da esposa, com três filhos, ele confessou ser proibido de ter qualquer relacionamento com as hóspedes. Tudo na moral.

Mas, a invasão do turismo também acaba mudando algumas coisas. Etienne, por exemplo, diz que não tem nenhuma tatuagem, diferentemente da quase totalidade dos homens das ilhas. Segundo ele, antigamente, a tatuagem tinha um significado especial, mas hoje tudo não passa de um enfeite a mais.
Debra tenta aprender a fazer as tiaras de flores


Aliá, enfeite é o que não falta tanto nos homens como nas mulheres. Hoje, houve uma aula de como fazer as tiaras de flores. E eu que pensava que aquilo era de flores artificiais, como nos bailes do Havaí! É incrível como elas montam com grande rapidez e tudo sem qualquer arame, apenas cordas finas e todo tipo de flor. 
 Os homens comuns das ruas usam, sem problemas, as suas tiaras de folhas verdes, como se fosse o mais elegante chapéu! Portanto, se vier por aqui ponha sua flor na orelha. Mas, lembre-se de um detalhe: na esquerda, é para casados e na direita para os solteiros!

Dona da lojinha mostra como se pintam os pareôs









segunda-feira, 1 de novembro de 2010

BORA BORA PARTE 2

LEMBRANDO DE MORUROA

Hoje tirei o dia para curtir este paraíso localizado a apenas  6.000km da Austrália, quase uma ida e volta Natal-São Paulo.  Gozado é que, num ângulo em que só apareça coqueiro e céu, se me perguntassem, eu juraria que estava numa praia do NE. Ajudado, claro, pela temperatura, bem acima dos 27 graus centígrados, e por um sol beeeeem quente. E  lembrar que este paraíso, mais precisamente em Moruroa, foi palco de testes nucleares do governo francês entre 66 e 74!!!!!  Trés mal, trés mal...

Café da manhã tomado, muito bem tomado, aliás, com destaque para os brioches (aquela Maria Antonieta sabia de tudo!!!!) e – de novo – as frutas, cai na água, depois de pegar snorkel e pé de pato com os Pool Boys (como são chamados os rapazes do serviço de piscina, que usam invariavelmente somente um pareô florido como uniforme de trabalho. ). Como diria o chato do Luciano Huck, “loucura, loucura, loucura”: mar com água morninha às 8h da manhã, peixinhos coloridos passando indiferentes ao meu lado; outros fazendo cara de desprezo para o intruso, cardumes com roupa listrada! Na verdade, eu estava dentro de um aquário natural, ao ar livre. “Fine, mister? Levantei o dedo afirmativamente para o colega hóspede.

Lagarteei um pouco ao sol matinal, admirando pela enésima vez aquele cenário desenvolvido, imaginado, featured por Ele, com uma mãozinha de algum paisagista de peso. A belíssima Bora Bora é uma das ilhas do arquipélago da Societé, descoberta há uns 400 anos. Depois de várias invasões ao reino do Tahiti, toda região foi entregue pelo rei dos polinésios à França, passando, anos depois, a ser considerada Coletividade de Ultramar, espécie de protetorado francês.

A impressão que dá é que os nativos souberam preservar seus costumes e, principalmente, o idioma, que é falado por eles paralelamente ao francês. Tanto é que as orientações de bordo do avião da Air Thaiti  estão escritas também em taitiano! Nossos indígenas tiveram menos sorte, ou entregaram o ouro mais facilmente.

Passarela de entrada no Pearl Resort

Show folclórico em Moorea, antes do mico
Tiare
Coqueiros dançantes
Tão bonito que parece o Rio de Janeiro
Mon chalé a Bora Bora
O pool boy chamado Terei

VAMBORA PRA BORA BORA

 BORA BORA


Fechei minha conta, que somou cerca de 150 euros (mais de 17 mil cfp). Achei razoável para
quem se alimentou de uma cozinha espetacular. Agora era esperar que viessem me buscar
para levar-me ao aeroporto. Meu vôo estava marcado para 10h30. No horário certo, bateu
asas um bimotor turboélice. Ufa, pelo menos, mais potente que o pequeno que me levou a
Moorea. A viagem durou exatos 45 minutos. Sentei-me no lado esquerdo do avião de quem
entra por trás, seguindo uma recomendação que li num site. Ótima dica, é o lado por onde se
ver chegar o azul multimatiz das águas de Bora Bora.

Não dá pra descrever. Só vendo. Vamos combinar, temos Angra dos Reis, Paraty com suas ilhas, o Nordeste com seus coqueiros, mas... em Bora Bora está tudo isso num lugar só e ainda
mais pintado com cores de Photoshop e montanha vulcânica no fundo! Aí não tem pra ninguém meeeesmo! Além do mais, o tempo deu a maior força e ficou impressionantemente lindo só pra gente se matar de admirar os azuis. Ok, Noronha também tem, nas aqui tem uma luz diferente e uns coqueiros...

Não existe um que siga uma linha reta. Os troncos parecem obedecer a uma coreografia: enquanto um está virado para a esquerda ou outro faz pose para a  direita, e um terceiro
curva-se em direção ao mar! E a cor das folhas é  verde com amarelo, que filtrada pelo sol fica
meio transparente! A areia não é de pedrinhas que doem nos pés, não. É fininha e branquinha,
como muitas das nossas praias. Neste quesito, estamos empatados.

Cuidado com o tubarão!!
Não resisti  àquela belezura azul. Vesti meu short modelo europeu, e cai na água morninha e totalmente transparente do Pacífico E você entra ums 10  metros e a água não passa da cintura! Lembrei de que perguntei a recepcionista se não havia perigo de entrar na água (só
para puxar conversa) e ela respondeu rindo largamente: “às vezes vem um tubarão e come um, mas é só um por dia”!!!!!!!

BORA BORA PARTE 1

PAGANDO MICO ONCE MORE (homenagem a  Hortência)

Como já disse, meu francês é de ginásio, ou seja, não vai além de algumas frases e palavras soltas. Mas, depois dos outros idiomas anexados à minha vida, fica mais fácil identificar este ou aquele assunto ou mesmo termo similar. Mas, isso não me salvou do último de mico em Moorea. Isso foi no sábado dia 30. Às 20h, fui para o meu dinner e percebi que iria haver o tal show folclórico com as mesmas meninas rebolando e com cocos nos peitos. Tudo bem, peguei meu prato e me aboletei na primeira fila de mesas, de frente para o palco.Tipo mesa de pista, como se dizia.

Pois não é que uma das dançarinas vem e me puxa para subir ao palco. Devo ter ficado vermelho como pimenta. Mas, outros hóspedes também pagarem seu mico. Mico pouco é bobagem e ainda mais a quilômetros de distância e sem ninguém por perto para me gozar...Fiz filminho do show, em breve posto aqui.

Sobre idiomas, é bom frisar que as recepcionistas não falam outro idioma além do inglês, francês e taitiano.Espanhol ou português, NEM COM LEGENDA!