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domingo, 30 de setembro de 2012

GRAN BAZAAR




Deixei passar alguns dias para poder me convencer de que, definitivamente, Istanbul está entre as cidades que não merecem um retorno. De início pensei ter caído num bairro central demais ( e é) e -devido a isso- seria comum o trânsito caótico, o lixo transbordando pelas ruas, o comércio de terceira categoria, com suas lojas espalhando as mercadorias pelas calçadas. Mas, esta concepção de centro não cabe exatamente no modelo das cidades alemãs, tenho que admitir que a comparação é inevitável. Mas, como me disse um senhor uruguaio, "são belezas diferentes". Ok, são sim, e prefiro as outras.

Decidi fazer alguns tours, mesmo sabendo que seria irremediavelmente explorado. Apesar de terem como moeda a Lira Turca (1 euro=2,30 ), os serviços para turistas são cobrados em euros. (Em tempo: a Turquia é apenas membro associado da União Européia, mas ainda não faz parte completamente dela.). Comecei por um cruzeiro pelo famoso Bósforo,estreito que deixa uma parte da cidade na Europa e a outra na Ásia. Confusos, atrapalhados, os guias nem conseguem evitar que ambulantes abordem seus clientes-passageiros, a cada minuto, oferecendo perfumes falsificados, chapéus, bijouterias e outros artigos menos nobres.


A bem da verdade, Istambul não tem apenas um Gran Bazaar, que aliás, é somente enorme e ponto. A cidade em si é um grande bazar. O ruim é que é um bazar de coisas de má qualidade ou de quinquilharias para turistas. Para quem gosta deste tipo de cenário, há sim aquela coisa cultural do vendedor abordar o turista e chamá-lo para um chá, apenas para conhecer seus tapetes ou qualquer outra mercadoria. Um deles me abordou e quando soube que eu era brasileiro, já inventou que tinha um tio que morava em São Paulo e que se sentiria muito feliz se eu aceitasse um chá na loja dele. Agradeci, com a desculpa de que estava com horário estourado para encontrar amigos. 

Outra verdade é a cultura da pechincha. Ela existe e é praticada em quase todas as lojas da cidade. Às vezes, é engraçado, mas só às vezes…



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