A fome começou começou a dizer a que veio. Fomos informados de que pararíamos em Galos para saborear um buffet de R$ 25 reais, tipo "coma tudo que puder". Impossível, o sabor estava longe de merecer um bis, nem mesmo a sobremesa. É um daqueles micos que, mais dia menos dia, todo turista paga, o mico turístico. Sem opção conhecida, com horário para começar e terminar, que não lhe permite optar por algo diferente, acaba-se pagando muito pelo que não vale. Faz parte do jogo.
Coqueiros gigantes montando guarda à beira-mar fazem com que Galos ganhe no quesito beleza da irmã Galinhos. Pena que o tempo escasso não permita maiores comparações. Proposital ou não, somos levados, após o almoço direto para Galinhos. O percurso, embora rápido, cerca de 10 minutos, é belíssimo. O barco navega lentamente rente às dunas que vão mostrando suas ondas, dobras, curvas sinuosas, reentrâncias suaves até nos aproximarmos do trapiche (pier) de Galinhos.
Com pouco mais de 2 mil habitantes, a cidade, por sua circunstância geográfica, está livre da presença de automóveis em suas ruas. Os jegue-táxis são o principal meio de transporte da população. Um farol de acesso proibido, uma extensa praia oceânica, com barzinhos modestos e suas cadeiras de plástico fincadas na areia, uma praça, uma igreja. É o que pode ser visto nas duas horas sob sol escaldante da beira-mar galinhense. Por duas caipirinhas e uma coca-cola cobraram 20 reais! Nem toda simpatia do garçom justifica tais preços. Nos bons restaurantes de Natal, a bebida não passa dos 6 reais.
Jegue-táxi na praia |
O mesmo charreteiro que leva o turista à praia da cidade, o pega de volta por R$ 2,50 por passageiro. Se o passeio for o mais longo, até o forte, o preço dobra. Seria este o mico número 2? Pelo tempo que o passageiro passa na charrete, o preço só não é mais salgado do que as águas do mar de Galinhos. Fora esses pequenos detalhes, o tour de um dia por R$ 70 porta-a-porta, mais a gorjeta do Jarda, vale super a pena.
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