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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

DUNAS DE SAL


A península de Galinhos, cujo nome tomou emprestado a um peixe comum na região, fica a 166 quilômetros de Natal, pela BR 406 e depois pela RN 402 que vai para o Litoral Norte, passando por João Câmara e Jandaíra. É uma estrada estreita de mão dupla que deve ser palco de desastres automoblísticos noturnos. Não é a-toa que se vê tantas cruzes fincadas às margens da rodovia. Disse a minha amiga Graça que algumas delas tem até a foto do pobre atropelado. Mudamos de assunto para comentarmos sobre os requebros das gordas de um DVD de axé-music que rodava numa tela de TV para quem quisesse ver durante os longos 140 minutos.



Praia do Capim

Já fartos de observarmos tanta vegetação esturricada pela estiagem prolongada, chegamos enfim a um lugar que soube chamar-se Pratagil.  Deveria ser em homenagem a uma prima da Preta Gil, brinquei com o nosso Jarda, que deverá guardar a piada para os próximos tours, se é que não apenas esqueceu-se de contar mais essa. O sol queimava a pele de qualquer cristão quando desembarcamos num estacionamento sob a sombra de uma frondosa Algaroba, uma das poucas árvores que resistem de pé à seca nordestina. Prevenidos, nos untamos de generosas porções de protetor solar fator 50! Afinal, a viagem estava apenas começando.

A poucos metros da Van da Samila Tours, um braço de mar, que tem nome de rio mas não consegue enganar ninguém com a sua cor verde-atlântico. Um barquinho para 8 pessoas mal acomodadas em bancos sem encosto nos aguardava com seu letreiro gritando no casco "Deus Te Amo". Não tem como não dizer que a paisagem não é das mais belas: o mar esverdeado trocando às vezes para um azul claro, dunas alvíssimas com vegetação de um verde quase preto, ilhotas coberta de vegetação, mangezais e montanhas de sal bruto.

Salina
Aliás, a salina impressiona. As dunas de sal chegam, segundo o nosso guia, a 10 metros de altura. Não tivemos como comprovar tal magnitude, já que o barco passa a uma boa distância destes gigantes brancos. Também foi uma pena não termos experimentado aquelas águas, que de tão salgadas quase não permitem que qualquer corpo afunde. "Dizem que é quase como o Mar Morto", comparou Jardeliusson, com a certeza de quem nenhum sabidinho iria contrariá-lo.

A travessia até a chamada Praia do Capim dura pouco. O mar estava calmo e nem carecia de qualquer Dramin para evitar enjôos. Sentamos na proa do barquinho, confiando que ali seria o melhor lugar para fotos. Fora alguns respingos de água salgadíssima, e do horário inadequado que tinge tudo de sombra, as fotos valeram a pena De longe, já avistamos as dunas e o que pareciam pipas fazendo acrobacias no ar. Mais de perto, vimos que eram as Kites dançando ao vento forte que faz das praias do Rio Grande do Norte locais ideais para quem curte o Kite Surf.


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