Dificil não lembrar de uma época distante em que eu raspava a ponta de um lápis azul piscina e com um chumaço de algodão criava azuis tao belos quanto os do mar de Phuket. Meu transfer me pegou no Mirth Suthorn Hotel por volta das 8h30 de uma manhã que ameaçava ser de chuva tenebrosa. O recepcionista me deu a notícia, tentando disfarçar o ar de preocupação com o meu futuro turístico pelas praias tailandesas. Ano passado, por esta época, uma tormenta deixou parte da cidade debaixo de dois metros de água. Filipino, ponderou que desde que mora em Bangkok nunca viu uma previsão meteorológica se concretizar. Preferi confiar nele.
Sai da cidade, entregando meu tour de dois dias em Phuket Àquele que sabe das coisas. Depois de quase 40 minutos de viagem, chegamos ao aeroporto. Um voo de 50 minutos pela Orient Thai e lá estou em sob um ceu azulzinho da silva acompanhado - pra variar - de um calor morno de uns 30 graus. Procurei a plaquinha com meu nome e.. nada. Saí para a área dos taxis e do nada surgiu um rapaz perguntando se eu aguardava alguém. Confirmei e mostrei-lhe o voucher. Sem pestanejar, sacou o celular e ligou para a tal de Nina. Meia hora depois, chega a Van.
O aeroporto minúsculo de Phuket fica meio que fora da cidade. Pelo menos uma hora do bairro de Patong, onde estava meu hotel. O bairro que "never sleeps", como vendeu-me o agente turístico, me achando com cara de quem vara a noite. Foi-se o tempo, mal sabia ele.
Para quem conhece Caraguatatuba, que está longe de ser uma belezura, aquilo era, portanto, beeeem menos. A impressão que dá é que, de repente, o mundo passou a cobiçar Phuket e tudo se arranjou, sem qualquer planejamento. Um puxadinho aqui, uma varanda nascendo ali, uma mercearia que vira um mercadinho, um boteco que assume ares de restaurante. Nesse tsuname turistico, claro, os grandes hotéis garantiram seu pedaço de chão. Portanto, Novotel, Orchide, Ibis e vários Villages povoram os altos e baixos de Phuket. Para os mochileiros, restaram as pensões improvisadas nesta ilha de 60 quilômetros quadrados a 700 quilômetros de capital tailandesa.
O azul da seda do papel que encobre a maçã |
VAI UMA MASSAGEM AÍ?
Se em Bangkok a oferta de massagistas tailandesas é grande, em Phuket, virou quase uma obrigação (a)moral. Num dos meus passeios noturnos por uma das ruas principais, a mulherada vestida de sari, gritava, e chegava a pegar pelo braço tentando ganhar 400 bahts do cliente por uma hora de alguma-coisa que ela chama massagem. Tem massagem para os pés, para a cabeça e até para os olhos.Pelo menos, era o que afirmavam as placas.
Como bem disse meu agente turístico, a praia de Pathong é mesmo um agito só, sobretudo nas ruas principais. O comércio de grifes falsificadas vai até altas horas. E dá-lhe Armani, Dolce & Gabana, Abercrombie, Calvin Klein, Louis Vuiton, Prada e outros menos famosos. Isso tudo, misturado com bares de todo o tipo, tocando todo tipo de música incluindo, claro o hit mundialmente famoso "Ai, seu eu te pego", com sotaque tailandês. Uma gordinha engraçada no bar Os Lobos se esforçava para imitar o cantor brasileiro. Hilária, no mínimo.
Em caso de Tsunami, corra por ali |
Em algumas ruas, vi placas indicando rota de fuga em caso de Tsunami, uma delas quase em frente ao meu hotel. Embora seja necessário, quem viu pela TV a grande onda, sente um certo calafrio ao ler aquilo. Por via das duvidas, bati três vezes na madeira. Aliás, a grande quantidade de barracas vendendo comida na calçada da praia parece indicar que onda nenhuma desanima o comércio local de comida de rua. Desta vez, optei por resguardar meu organismo de possíveis desarranjos intestinais.
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