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sábado, 23 de março de 2013

Centro de San Diego (Downtown)

TERCEIRO DIA - DE MOLHO


A gripe, o resfriado, ou seja lá o que for me pegou de jeito. Febre e dores nas articulações me deixavam indolente. Passei a tomar AAS,  que temporariamente baixava a febre, mas que voltava renitente. Me vesti com o que mais quente eu tinha e decidi sair  para almoçar. Desta vez, fui a um restaurante tailandês superbarato: pratos fartos a 8 dólares. Depois, poucos metros adiante, entrei num supermercado para comprar mais bananas. Sam e Dani adoraram a vitamina de bananas com aveia, que eles incrementam com outras coisas, tipo linhaça.

Mesmo com frio descabido, dei um giro para conferir pontos de ônibus, etc. Voltei pra casa e dormi. Meu corpo só pedia cama, quase um efeito boa-noite-cinderela. À tarde, Sam decidiu fazer uma sopa. Voltamos ao supermercado para comprar os ingredientes, legumes, batatas, etc. Ele foi empurrando a bicicleta e eu caminhando ao lado. Fraco, voltei pra cama e pedi que me chamassem quando a sopa estivesse pronta. Dormi por algumas horas e acordei com uma receita na cabeça: chá de alho. Não me perguntem porque, mas eu devia tomar este chá. Desci e segui a receita: amassar 2 dentes de alho em um copo d'água,  aguardar alguns minutos e beber. Fiz isso, sem saber bem porque. Àquelas alturas, eu tomaria qualquer coisa para eliminar a febre que beirava os 40 graus (Dani me emprestou um termômetro).

Criei coragem e sorvi vários goles daquela água ardida. Pensei que fosse vomitar, mas segurei firme. Os últimos goles foram com um AAS pra ajudar alopaticamente. Cama de novo e só despertei com o Sam trazendo uma tigela com a sopa. Agradeci e disse preferir tomar junto com eles na cozinha. A sopa estava intragável. Pra não fazer feio, consegui tomar algumas colheradas e parei, dando≠≠≠≠ como desculpa a falta de apetite em decorrência do meu estado de saúde. Duas horas depois, de ter ingerido a receita, a febre já havia amainado e eu me sentia com mais ânimo. Votei pra cama, liguei a TV pra ver qualquer coisa. Essa qualquer coisa foi A Roda da Fortuna, igualzinha a do SS. Argh, só doente pra ver isso!  Acionei o controle remoto e me virei pra dormir.

QUARTO DIA - I`M ALIVE!


Os dias se passaram e eu nem percebi. Hoje é sexta-feira. Acordei sem nenhuma febre e com vontade de sair, ver coisas, conhecer a cidade, enfim, viver. Se foi o chá de alho ou o AAS não importa. O que vale é que I alive. Desci para tomar café da manhã, usando apenas uma camiseta e sem qualquer agasalho. Até parece que não está mais tão frio como antes! Bati no liquidificador 2 bananas com aveia e leite, ao mesmo tempo em que preparava um café com torradas. Peguei um iogurte na geladeira. Minha alimentação matinal habitual já estava garantida em terras yankee.

artesanato mexicano ou eu sem o chá de alho


O dia estava gostoso e saí, pela primeira vez, para tomar ônibus, trolebus, trem, o que desse. Andei uns 400 metros e aguardei um ônus que me levasse a Old Town. Passou um, me certifiquei com o motorista, mas ao ver a minha nota de 20 dólares  disse não tinha troco e sugeriu que eu comprasse um Day Pass por 5 dólares. Ok. Old Town é uma chatice sem igual. Um arremedo de preservação da história dos primórdios da província de San Diego. Estava dando um giro com cara de aborrecido, quando ouvi uma atendente dizer para um grupo de americanos que o melhor para conhecer SD seria tomar o trolley que passa a poucos metros dali.  Oba, vou seguir a dica desta senhora com cara de atriz de seriado americano da Sessão da Tarde.

Como meu bilhete dava direito a 24 horas de viagens ilimitadas em todo o transporte público da cidade, lá fui eu no bojo do tal trolley vermelho supermoderno e veloz, que, sobre trilhos, me deixou ver muitas coisas da cidade. Algumas feiosas e outras muito bonitas, para ser honesto. Desci na estação Gaslamp, que é um dos pontos turísticos de SD, segundo várias das minhas confiáveis fontes. É a região central da cidade, o  Downtown. Prédios modernos, futuristas com fachadas em vidro espelhado, muitos jardins bem cuidados, fontes e palmeiras, muitas palmeiras. Essas palm trees estão por toda parte mesmo. O quarteirão Gaslamp se restringe, basicamente, a uma rua comprida com lojinhas charmosas e barzinhos com mesas na calçada. Deve fazer mais bonito à noite. Volto depois para conferir. Prometo melhores fotos...


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