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quarta-feira, 27 de março de 2013

OCEAN BEACH


  

Ocean Beach

Quando o sol começou a fazer sombras alongadas no chão, vi que era hora de tomar o trolley e o ônibus 35 para ver o pôr-do-sol em Ocean Beach. Já tinha estado lá no meu segundo dia em SD, na companhia do Dani e do Sam. Como fomos de carro, o trajeto do ônibus foi outro e eu corria o risco de me perder. Inseri o endereço no Google Maps e deixei que a setinha do GPS fosse me guiando até a Brighton Av. Para não perder a mania, confirmei a direção com um americano loiro bigodudo que gentil, como todos até agora, me explicou direitinho o caminho das pedras. Ou seria das flores?

De avenida, a Brighton não tem nada. É uma rua somente residencial, estreita e que termina (ou começa) na Ocean Beach. Fui observando as casas modestas e respondendo aos "hei" dos moradores, que ainda guardam o hábito simpático de saudar quem quer que passe por eles. Uma coisa meio cidade do interior, que parecesse ter o dom de te inserir sutilmente naquele ambiente. Passei a fazer o mesmo, antecipando-me a eles.

Deve ter havido um tempo em que aquela região conviveu exclusivamente com os verdadeiros hippies. Os vestígios da "sociedade alternativa", que mistura decoração com móveis velhos/reciclados, hortas orgânicas e uma simplicidade que beira à pobreza, estão por toda parte. E o que restou deles, junto com os neófitos, também. Pelos bancos dos pontos de ônibus, grupos de velhos barbudos e e cabeludos se deixam ficar e mendigam moedas a quem por eles passe. Não oferecem perigo, mas que são um incômodo são.

A sensação térmica reduzia uns 3 graus a temperatura devido ao vento que soprava do Pacífico. isso não parecia ser problema para ninguém. Muita gente se divertia em roupas de banho, jogando vôlei ou fazendo cooper. Só alguns, como eu, se encolhiam num providencial agasalho. Gatos escaldados, os surfistas só entravam no mar dentro de macacões de neoprene. Ninguém é de ferro para suportar água de menos de 10 graus! 

No lado esquerdo de quem sai da Brighton, uma barreira de pedras reserva uma parte da praia para os cães, oficialmente. Ali eles podem ficar sem coleira e serem adestrados, ou simplesmente correr livremente, como gostam e se divertem sempre sob a mira dos seus donos. Observei que no chão há uns quadradinhos no cimento da calçada com dizeres de quem perdeu seu amigo de quatro patas. Não é para menos que a praia é chamada de Dog Beach.

Dog Beach
Para decepção geral, e minha em particular, as nuvens encobriram um potencial belo pôr-do-sol! Hora de voltar pra casa. No ponto de ônibus, testei o número que manda um torpedo informando o horário que o ônibus vai passar. O busão passou sem um segundo sequer de atraso! Taí uma coisa boa!








Neo-hippies
Dog Beach
Brighton Av.
Casas modestas



         

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