Minha lista de blogs

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

AS LÂMPADAS DE ALADDIM





Riad Alladdin

Quem me recebeu com um sorriso doce foi o recepcionista Ahmmad. Um jovem muçulmano negro, da etnia Berbere, tão virgem quanto o Amine do meu primeiro Riad. Seu inglês aprendido durante 10 anos, como todo marroquino, é bom, apesar do forte sotaque de não-sei-de-onde.

Serviu-me o café da amanha composto por fatias de bolo, crepe, torradas, geleia, pão e, claro, café com leite. Não sei se por hábito, até hoje não bebi no Riad um café decentemente quente. Ahmmad justificou-se dizendo que o habito nestas terras é se beber chá quente.

O Riad Aladdin (pronunciado à fracesa AladdAn) tem arquitetura e decoração típicos do Marrocos: rústica, tijolos aparentes, madeira pesada, vasos de cerâmica com palmeiras e trepadeiras, azulejos, arcadas, mosaicos desenhados por todo solo. Cimento queimado da o arremate na rusticidade, levemente amenizada por belos tapetes berberes.


Portas entalhadas no Aladdin
As portas são artisticamente trabalhadas e enormes. O átrio, a céu aberto, que serve para ventilar as suítes, recebe a visita constante de pardais e outros pássaros. O calor de mais de 40 graus exige intervenções do tipo e mesmo assim urge a presença de ar-condicionado. O deserto bate à sua porta, sem pedir licença.
MEDINA

A chamada Medina resume-se a toda área cercada pela muralha de 9 quilômetros de extensão. A Gran Place é a praça central, onde tudo acontecia e ainda hoje é palco de varias atrações, como grupos de música e dança, tatuadoras de rena, alem de varias tendas com comidas típicas servidas sobre longas mesas.

Sucos de laranja feitos na hora custam 10 dirhan (1 euro) e são deliciosos, assim como as tâmaras e damascos vendidos a preços que variam de 40 a 160 dirhan o quilo.


Gran Place, centro da Medina, no fnal da tarde

Talvez porque a temperatura à noite cai para uns 32 graus, o povo bate perna até altas horas, comprando camisas Calvin Klein falsificadas e roupas típicas. E o comércio fica aberto para atender esses clientes notívagos. Não ha violência nem furtos. Todos seguem o alcorão.

Conseguimos mesa num bar de esquina e ficamos observando o vai-e-vem de mulheres com suas burcas (uma minoria)ou chadôs (véu islâmico cobrindo cabeça e pescoço) e suas túnicas ate o tornozelo. Percebemos algumas adolescentes completamente à vontade sem os trajes tradicionais de braços dados com a mãe completamente coberta. Sinais dos tempos.

Com os homens, o Alcorão pegou mais leve. Muitos ainda usam a túnica (preço de 150 a 300 dirhan, dependendo do tecido) branca até os pés, mas os mais jovens estão saindo deste padrão e vestem o que qualquer adolescente usa em outros países. Não vi skate, mas ouvi um bom som de balada em inglês e árabe.



lojas de tapetes por toda parte, em todos os becos

Diferentemente do que me informaram, parece ter caído de moda a mania de insistirem para que se compre suas mercadorias. E nem vi meninos agarrando nos nossos braços pedindo o que quer que fosse. Alguns vendedores até insistem, mas nada alem do normal para um comerciante de rua.
Vendedor de tapetes na Medina

Os chamados "Souks"na Medina

Nenhum comentário: