Verdureiro em mercado público |
A aventura rumo a Mamma Africa começou com o voo saindo de Berlin Tegel às 6h40 e chegando a Bruxelas pontualmente as 8h da manha do mesmo dia 10 de agosto/2013.
O táxi encomendado por telefone no dia anterior já nos aguardava em frente à portaria do numero 26 da Eosanderstrasse, quando descíamos com as nossas malas, passaportes e outros pertences. Após uma curta corrida de pouco mais de 10 euros pela madrugada ainda escura de Berlin, desembarcamos no Tegel, onde uma curta fila ja se formara para o checkin da Brussel Airlines.
Lembrei que a categoria B-Flex do nosso bilhete nos dava direito a checkin em guichê especial, junto com Business Class. Meu amigo Neri quis saber o porquê do privilégio, mas eu não sabia e, no momento, não cabiam especulações. Atendidos prontamente, e com tempo sobrando para embarque, decidimos tomar um café, que caiu-nos muito bem naquela madrugada de 17 graus centígrados.
VOO
Procedimentos de praxe, com controle de metais da bagagem, no nosso caso mochilas devidamente inofensivas. Entre o "Guten Morgen" e "Good Morning" das aeromoças nos aboletamos nos nossos assentos de corredor.
Na encosto da poltrona à nossa frente uma plaqueta indicava que ali começava a Business Class. Olhei para trás e constatei que o mesmo acontecia 9 fileiras após a nossa, anunciando a categoria B-Flex, seja lá o que isto significava em termos de conforto. De uma coisa estávamos certos: a diferença para a classe dos executivos não era visível aos nossos atentos olhos.
Em francês, inglês e niederlandês (ou flamenco), as informações do voo davam conta de que o nosso primeiro e único trecho para a cidade de Bruxelas, antes de chegarmos ao Marrocos, duraria exatos 80 minutos até a capital-sede da União Europeia.
BRUXELAS
Fazia 15 graus. A temperatura relativamente baixa se sentia já no corredor de saída do avião. O "au revoir" da tripulação prenunciava para mim um mundo de sons de uma língua que não domino - o francês - e que nunca fiz questão de tentar aprender. Resultado do autoritarismo de meu único professor de francês dos tempos de ginásio. Nem terapia me livrou deste bloqueio linguístico.
A permanência em solo belga seria de 7 horas, tempo suficiente para deixarmos o moderno aeroporto e nos encontrarmos com meu amigo de escola de alemão, Alessandro Bronda. Vinte e nove anos se passaram desde que nos conhecemos em Munique. Faz tanto tempo, que até o tragicamente famoso muro de Berlin ainda cortava as ruas da cidade, dividindo famílias e amores.
Alguns tropeços no idioma e lá estávamos nós no bojo de um moderno e rápido trem, que por 7,50 euros cada um, nos levou durante confortáveis 15 minutos ao centro de Bruxelas. Cansados de um despertar prematuro, resolvemos por bem tomarmos um bom café da manhã numa pequena praça, próxima daquela que o mundo todo já viu em fotos, a Grand Place.
Ali mesmo foi o ponto de encontro com meu colega anglo-suíço, Alex Bronda. Aproveitamos o tempo que nos restava ate o horário combinado para um passeio pelas ruelas, de certa forma, charmosas da capital belga, que mansamente começavam a ser tomadas por hordas de turistas.
Pontualmente, às 11h45, retornamos ao ponto de encontro, onde saudamos Alex e sua nova esposa, que exibia orgulhosa uma protuberante barriga de 7 meses. O filho de ambos, Giorgio, deve nascer em outubro. Juntos, atualizamos nossas vidas, enquanto percorríamos bares, galerias, restaurantes. A cidade não chega a decepcionar graças à arquitetura majestosa de alguns edifícios históricos. Mas não me encantou, nem agora; nem da primeira vez que a conheci. Pardon.
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