MARURU MOOREA
Nunca antes na história da minha vida havia feito um voo tão curto. O bimotor da Air Moorea, com fuselagem pintada com flores amarelas, e capacidade para apenas 20 passageiros, entre eles eu, não levou nem 5 minutos para fazer o trajeto Papeete-Moorea. Lá de cima, e abaixo de uma massa cinzento-escuro de nuvens ameaçadoras, eu me perguntava se uns braços tipo Cielo não venceriam fácil aquela travessia de mar azul anil! Ah, com certeza!
É que não sou piloto de aviões. Porque naquelas condições atmosféricas, com chuva forte e nuvens mal humoradas, eu adiaria o voo. Mas, não. Nosso heróico comandante não deu o menor cartaz para o mau tempo e empurrou o manche para decolagem. Aviso aos navegantes menos aventureiros: a sensação é a de que estávamos voando de asa delta. Lógico que tentei me imaginar num Boeing. Mas nem deu tempo para viajar nesta história. Poucos minutos e já descíamos por entre os coqueiros de Moorea. Maruru (obrigado, em taitiano), Sr piloto. Ele, como quase todos os nativos das ilhas, também usava a tal florzinha branca na orelha. Será que o perfume que emana ininterruptamente da Tiare não seria um desodorante natural? Hummm...
Dois sandubas valem mil francos polinésios |
Nuvens ameaçadoras atrás dos chalés "sur palafites" |
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