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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

POLINÉSIA - PARTE 4

MELROS DESTEMIDOS


Houve uma época, contou-me o colega da National Geografic, que os pássaros negros do tamanho de uma pomba, que hoje voam destemidos por entre as mesas dos restaurantes, vinham comer na mão do cliente. Deve ter sido nos tempos do pintor Paul Gauguin. Porquenem mesmo Marlon Brando, que comprou uma ilha por aqui e nela viveu, desfrutou de mais esse privilégio. De qualquer forma, ainda é surreal ter pássaros tão grandes ao alcance da mão e fazendo evoluções por entre as mesas! Confesso que achei bacana, fora o estranho hábito de fazerem suas necessidades  bem ali..., para o desespero das garçonetes nativas.
Como não sou ornitólogo, mas jornalista, perguntei à garçonete  o nome da ave. Sorriu embaraçada e consultou em taitiano a colega de trabalho. São melros, disse. O almoço  foi servido no restaurante à beira da piscina de onde se descortina aquela famosa paisagem de cartão postal que quer vender o Tahiti: chalés sobre palafitas fincadas num mar azul.
Um simples peito de frango, temperado com alguma coisa agridoce deu o toque especial, garantindo um sabor inesquecível. Claro que fatias de coco decoravam o prato (coco é, talvez, a fruta mais usada na culinária polinésia). Pra arrematar, uma taça de vinho da região. Nada a criticar, já que eles não têm tradição nesta área. Mas, vinho é sempre bom. Do cardápio também faziam parte pratos com peixes crus, lembrando a cozinha oriental de modo geral, porém com a pitada de molho picante. Como os tailandeses, que adoro. Dos preços, já falei lá em cima.
LABIRINTO DE FAUNO
O céu é um mistério. Ora abre e parece que vai firmar, para logo depois se cobrir de nuvens pesadas. O calor em Moorea é constante, calculo que por volta dos 27 graus, inclusive à noite. Aproveitei  uma destas aberturas do céu para fazer algumas fotos. Este é meu segundo dia na Polinésia e ainda estou na fase do tênis, enquanto percebo que outros turistas já estão na fase das havaianas. Sou assim, preciso de um tempo para chegar ao ponto certo. Pelo menos, bermuda e camiseta já saíram da mala. Temo voltar a SP coma ma mesma cor que sai, se o sol não aparecer de verdade.
Uma dica. Os resorts são enormes e os chalés ficam espalhados pelos jardins que são verdadeiros labirintos. Tente marcar o caminho para o seu, porque de tão igual você pode, sem querer, pagar o mico de meter a chave no chalé errado. O mais importante, porém, é ter sempre fácil uma pequena lanterna de bolso, porque à noite o labirinto se torna impraticável e a chance de você se perder é enorme. Amanhã, vou correndo comprar a minha.

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