Trawangan, com os contornos de Lombok, ao fundo |
Por algum motivo, adoro ilhas. Na boca de todo balinês como "Party Island", Trawangan é um dos milhares pedaços de terra cercado de águas azuis por todos os lados, no arquipélago da Indonésia. Queridinha de mergulhadores e snorklers, tem como vizinhas tranquilas, as igualmente belas e pouco habitadas Gili Meno e Gili Air (em tempo: gili significa ilha pequena em indonésio).
Parti de Lovina às 6h30 da manhã a bordo de uma van Suzuki, tendo como única companhia uma holandesa, que se irritou tanto com os ambulantes de Bali que jurou ser aquela a sua última vez na Ilha dos Deuses.
Duas horas de pouca conversa depois, chegamos ao porto de Amed. Eu diria que aquilo está muito mais para um simples ancoradouro do que para porto em si. Mas as dimensões são também relativas.
O "porto" de Amed e nosso speed boat |
Com a fome de quem tomou apenas um suco de laranja como café da manhã, perguntei na checagem de passagem (compradas a 140 dólares ida e volta até Kuta) onde poderia comer algo mais consistente. Não daria tempo, o speed boat zarparia as 9h00 e meu relógio marcava 8h45.
Melhor assim. De estômago quase vazio enfrentei sem qualquer náusea os solavancos das ondas naquele barco de 25 pessoas, algumas delas visivelmente mareadas. Quando estávamos perto dos 60 minutos, começamos a avistar os contornos das ilhas, para alivio de uma francesa que empalideceu de mal estar durante a travessia.
A ILHA E OS PREÇOS
Pela primeira vez, e confiando na palavra de meu anfitrião Boete, não reservei acomodação em Trawangan. Desembarquei nas águas azul-turqueza da ilha empurrando minha malinha de bordo e a mochila que engana no peso. A chamada para uma das orações vindo de algum mesquita me lembraram que eu adentrava território - Lombok -dominado por muçulmanos.
Alguns nativos se aproximaram fazendo propaganda de acomodações na faixa dos 15 dólares a diária. Aceitei o convite de um deles para ver o quarto, cujas fotos eram pura enganação de photoshop. Indignado, reclamei, tirando das tripas o que de inglês irritado pude lembrar.
Preferi o Gili T Resort, na rua da praia. Após mostrar o quarto com ar condicionado e ao lado da piscina, a recepcionista asiática queria US$ 60 pela diária, eu firmei o pé em 40 para fechar por 45, com café da manhã. O restaurante do hotel me ganhou com uma vista esplendorosa da praia, com suas águas azuis e montanhas no horizonte. Ali mesmo, almocei um arroz com atum, legumes e uma taça de vinho tinto. Tudo, 9 dólares.
Restaurante do Gili T Resort com pé na areia e visual estonteante |
Vi que em Trawangan os preços são um pouco superiores aos de Lovina, mesmo agora na baixa temporada. Porém, os Warungs também servem comida típica a preços que vão de 3 a 4,5 dólares. Nos restaurantes turísticos, os pratos podem chegar ao triplo deste valor.
Os backpackers se suprem no mercado noturno de comida popular, onde os preços são mínimos, talvez combinando com a qualidade e higiene do local. Salada de frutas por 1,2 dólar, prato de espeto de peixe, frango ou carme, acompanhado de arroz e legumes por 3, 5 dólares. Uma vitamina mista por US$1,30.
À noite, a ilha muda de cara e imita um pouco Mikonos, com o som de balada eletrônica rasgando o silencio muçulmano.
Comidinhas, bebidinhas, almofadões e esta paisagem |
Resorts de luxo, como este da cadeia Pearl |
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