Curiosíssimo o idioma "polsko"! Vimos palavras praticamente impronunciáveis, com Z com acento agudo, E com rabinho como nosso cedilha, várias consoantes juntas. A rua do nosso hotel (que pra nossa sorte se chamava Swing) era Dobrego Pasterza, que o tradutor do meu celular deu como Bom Pastor. Ao lado destas estranhices, há algumas coisas com raiz latina ou grega, como Apteka (farmácia) Dezodorant, Optyka. Livres há muito tempo do domínio soviético, Polska (Polônia) convive sem arranhões com coisas bem antigas e com as marcas mundialmente conhecidas Carrefour, Mcdonald, KFC, etc. Diante de tanta globalização, temi a qualquer hora, ver anúncio da Casas Bahia. O shopping Galeria Krakowska tem C&A e quase todas as grifes internacionais de roupas e sapatos.
Como o Hotel Swing ficava a 16 minutos de ônibus do centro, todos os dias tomávamos o 129, cuja passagem era comprada num quiosque atrás da parada, ao preço de 3,20 PLN para uma duração de 30 minutos Ou seja, menos de 1 euro! Um café expresso custava cerca de 2,30 PLN, dependendo do lugar. Como na Alemanha, os coletivos chegam na hora indicada nos folhetos afixados nos pontos, normalmente com intervalos de 15 minutos, ou menos nos horários de rush. São limpos, novos, sem catraca e com maquininhas de validar a passagem. Há também modernos tróleibus (Tram), que cortam a cidade em várias direções. Os automóveis param à menor menção de um pedestre atravessar a rua.
Numa das vezes que fomos à Old Town com o 129, ao voltarmos, fomos até o ponto final do ônibus e nos postamos ali, após compramos a passagem numa máquina automática, claro, com a ajuda de uma adolescente. Chegou o coletivo, todos os passageiros desceram, e nós corremos para entrar. O motorista fechou a porta e ficamos fazendo sinais. Ele abriu e o Bertholdo tentou explicar que nós queríamos entrar. O cara não entendia inglês e apontava para fora do ônibus. Ficamos nisso uns 5 longos minutos. Até que um jovem, vendo nosso desespero, explicou em inglês que ninguém subia ali, porque o motorista fazia um break para só depois prosseguir e que devíamos esperar no próximo ponto, a uns cem metros dali.
Aprendemos que aqui não se toma ônibus no ponto final e sim no ponto seguinte. Não vejo lógica nisso, mas enfim "cada roda tem seu fuso, cada povo tem seu uso", como diz o provérbio.
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