Sexta feira começa a circulação non-stop do metrô para o fim de semana. Nos dias de semana, fecha à 1 hora e volta a circular às 4, em intervalos de 5 a 10 minutos e 15 nos fins de semana. Considerada a cidade mais liberal ou tolerante da Alemanha, Berlin mostra sua cara moderna nos vagões do U-Bahn (Untergrund Bahn=metrô). A diversidade de roupas, penteados, botas, sapatos e maquiagem deixa tudo com cara de "Blade Runner", o filme premonitório, de 1982, do diretor Ridley Scott. Os mais jovens que me perdoem, mas só lhes resta perguntar ao pai Google… e baixar na internet.
Os bairros de Kreuzberg, Friedrichshein e Mitte são locais que viraram moda desde uns 5 anos, depois que artistas e descolados se mudaram para a região, antes ocupada por desempregados, outsiders e outros bichos sociais. Point de jovens rebeldes, patricinhas, bêbados, gays e assemelhados, os bairros fervem nos fins de semana, com apresentações de bandas independentes nas calçadas e hordas de pós-adolescentes com suas garrafas de cerveja nas mãos.
Tomamos a linha U1 na Uhlandstrasse, e descemos, junto com uma multidão, na estação Schlesisches Tor, que é histórica por ter ficado fechada durante o tempo que durou o muro. A avenida do mesmo nome é lotadas de restaurantes, com mesas na calçada, por onde circulam todas as tribos. O mais curioso: não há clima de violência, perigo de assalto, etc, Todo mundo parece que está mais a fim de diversão com respeito ao próximo, mesmo que este seja um bicho exótico. Mas, a cidade sofre com a liberdade: há garrafas de cervejas espalhadas por vários locais impróprios. Os turistas pagam o pato.
Fomos em busca de um tal Club de Visionaires, badalado pelo bom som e por ser um dos pioneiros instalados às margens de um dos canais de Berlin, num local que antes pertencia a Berlin do Leste. Depois de tomarmos uma cerveja (eu) e um refrigerante ( o bertholdo) no bar Barbie Deineshoffes, tocado por uma lésbica com jeitão de motorista de caminhão, seguimos e acabamos por chegar ao tal local, que exigia 2 euros para entrar. Não nos empolgamos nem com a música,nem com o público. Voltamos sem a claridade do verão, que surpreendentemente permanece até umas 21 horas! A fome bateu e entramos num restaurante asiático, cujos preços em torno dos 6 euros não fazem qualquer mal ao bolso.
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