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terça-feira, 28 de agosto de 2012

BATENDO PERNA

O famoso Siegessäule


Se tem uma coisa que gosto de fazer numa cidade estranha é bater perna. Me perder pelas ruas, sentir o gostinho de não saber onde estar, como se tivesse sido abduzido e deixado num lugar qualquer. Domingo passado, fiz isso em Berlin.

Peguei minha velha mochila, juntei uma garrafinha d'água, protetor solar,  tolha,  iPod, duas nectarinas e me enfiei num dos vagões da linha U1 do metrô Uhlandstrasse. Desci na Wittenbergstrassee segui a pé pelas ruas ainda verdejantes, passei pelo Museu Bauhaus, entrei no Tierpark. O ventinho frio estava apropriado para uma caminhada pelo parque. No meio das árvores algumas pessoas arrumaram um jeito de estender suas toalhas para aproveitar o sol, que às vezes era, providencialmente, coberto por uma nuvem.

Decidi fazer o mesmo. Deitei minha toalinha no gramado e fiquei ali observando o lugar, as pessoas (algumas nuas), com seus cachorros, suas bicicletas e suas cestinhas de piquenique. Aliás, piquenique é quase uma instituição por aqui. As lojas vendem de tudo para quem quer fazer essa "farofinha"nos parques, de toalhas térmicas (para os dias frios), a cestas e depósito para água.

Depois de algum tempo, segui caminho por dentro do imenso parque. Outro grupo de nudistas, outras crianças com suas bicicletas, senhoras caminhando sozinhas e sem medo. Acabei saindo bem perto do famoso monumento chamado Siegessäule, com a estátua dourada de uma deusa no todo do obelisco. Uma homenagem à vitória dos prussianos sobre os dinamarqueses nos idos de 1864. Me detive ali por alguns minutos, pensando como seria legal se tivéssemos em SP um terço de um parque daquele a cada quilômetro, pelo menos. Quem sabe, com o novo prefeito...

Palace Bellevue
Numa das placas com o mapa do parque, percebi que estava bem próximo das margens do Spree, aquele rio que sai serpentando por toda Berlin. Fui até lá, passando antes pela frente da residência  presidencial, o Palácio Bellvue. Gozado como as pessoas adoram ficar horas deitadas no gramado de observando o luxo da casa.

Caminhei um pouco mais pelas margens do Spree, onde grupos de pessoas se deixam ficar sobre o gramado verdinho, tomando banho de sol, conversando animadamente, mas - graças a Deus - sem qualquer som tocando "Ai, se eu te pego".

A fome bateu e decidi pegar o ônibus 129, que me deixou próximo ao restaurante More, conhecido meu da Primeira Temporada em Schöneberg. Ali, um "buffet francês", como informou o garçon, me saciou por 13 euros. Hora de voltar pra casa.
Margem do rio Spree, ao lado do Palácio Bellevue

Meu metrô de todos os dias
Metrô bem retrô; acima, máquina para validar bilhete





Passeio à margem do rio Spree


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