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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

OLD TOWN






Apesar de todo centro ter construções antigas belíssimas, portas magníficas, a parte murada é onde se concentra o mais belo conjunto arquitetônico de Krakow (Cracóvia) e por isso considerado Patrimônio da Humanidade pela Unesco. São várias igrejas e cada uma mais linda que a outra. Do século XVI, o Palácio Real, no monte Walwel, às margens do rio Vístula, é gigantesco e cheio de estatuas, torres góticas altíssimas, lindas. Uma igreja chama atenção por sua cúpula dourada (dizem que foi de ouro). Nada mal para um país que deu um papa ao mundo cristão, Karol Wojtyla, ou João Paulo II, cuja estátua foi instalada na frente da igreja do castelo.

Há muito o que se visitar na cidade, como o bairro judeu, criado no século XV, onde foram confinados 70 mil judeus pelos nazistas durante a Guerra antes de serem enviados para os campos de concentração de Auschwitz-Birkenau. Demos um giro pela cidade, observando detalhes das construções, becos, lampiões, janelas, pinturas nas fachadas.





Acabei descobrindo por acaso um restaurante, cuja porta me chamou atenção. Decidi entrar e o seu interior era rústico, parecendo uma taberna antiga, com objetos pendurados por todo canto e mesas longas de madeira pesada. Curioso como ninguém, me atrevi a descer ao que deveria ser o porão, seguindo uma escada em caracol. 
Ja num dos últimos degraus, dei de cara com um garçom de colete preto, capéu-coco e luvas brancas. Perguntei se podia visitar, pois já estava achando que entrara num museu do século XV! Aquiesceu com a cabeça e desci ao salão. Um boneca de louça vestida com roupas de princesa estava sobre um piano de cauda.


 Cortinas pesadas de veludo simulavam encobrir janelas, que não existiam, pois se tratada de um porão. Móveis clássicos, tapetes persas e candelabros antigos davam ao local um ar de prostíbulo elegante do século XV. Umas pessoas almoçavam a luz de velas…  Não tendi nada e, depois de um giro observado de longe pelo garçom, subi para receber meu prato típico de 16 PLN : uns bolinhos recheados de espinafre, umas folhas de alface e um quarto de tomate. Para não pecar pela falta de informação: o restaurante chama-se  U BABCI MALINY (www.kuchnuaubabcimaliny.pl) e já consta do Lonely Planet e do Tripadvisor, com avaliações.

Chegamos a Cracóvia em plena alta estação, o que vale dizer tudo lotado de turistas, mesmo numa terça-feira. Na torre de babel de idiomas dos mais exóticos, ouvimos pouquíssimas vezes sons de português. Ao que parece, Krakow ainda não foi descoberta pelos brasileiros. A cidade não tem metrô, como me confirmou uma bela polonesa de olhos verde-azulados, como aliás são os de homens e mulheres da cidade. O povo é muito bonito, forte, alto, com pele dourada, quando não totalmente loiros ou ruivos. Os olhos são invariavelmente claros, azuis-escuros ou verdes-esmeralda. Pelo que vi, os de cabelos escuros são minoria. Globalizados, todos usam a mesma moda de roupa e cabelo vista em Berlin, NY, São Paulo. Uma máquina 3 serve como corte de cabelo para quase 100% das cabeças polacas masculinas.

Ex-capital da Polônia por 6 séculos, a Cracóvia é a terceira maior cidade do país, e hoje conta com pouco menos de 1 milhão de habitantes.


Um comentário:

veralu disse...

E voce não conseguiu saber o que era esse restaurante? Não foi no Google procurar informações sobre ele? Não entendi direito: o restaurante era nesse porão?
Fiquei curiosissima!